segunda-feira, setembro 15

Rick Wright em San Tropez

Eu sempre gostei do Pink Floyd e meu amor se estabeleceu definitivamente quando ouvi seriamente "Great Gig In The Sky", lá pela década de 1980. A música, faixa do multiplatinado Dark Side Of The Moon (1973), me iniciou no Floyd. Vieram os discos setentistas, The Wall, a parte obscura e psicodélica da banda, no final dos anos 60. E veio Rick Wright.

O sujeito era aquele tipo de músico que toda boa banda deve ter, aquele cara sério, quieto, talentoso e conciliador. Mesmo que David Gilmour (guitarra) e Roger Waters (baixo, voz) sempre sejam reconhecidos como os cérebros do Pink Floyd e Nick Mason (bateria) sempre pareça carregado nos ombros dos outros em termos de talento, Wright tinha um charme tímido e um talento assombroso. Quer provas?

Os teclados de Rick deram forma a músicas marcantes do Floyd, a que mais me salta à memória é "Shine On You Crazy Diamond", do álbum Wish You Were Here (1975), seguida de perto pelo clima de "Summer 68'", do "disco da vaca", Atom Heart Mother (1970). A maior lembrança, porém, sempre será de Rick tocando piano acústico em uma pepita escondida do disco Meddle (1972), "San Tropez".

Numa primeira audição, "San Tropez" não parece música do Floyd, tamanho o clima de "estamos na praia e não atenderemos o telefone hoje". A letra é uma tiração de sarro com a fama fácil e o dinheiro que vem e vai. Tudo bem diferente da neura que acometeria Roger Waters a partir de Animals (1977) e se estabeleceria em The Wall (1979), disco no qual ele tomou o controle criativo da banda e chegou a expulsar Rick, aceitando integrá-lo para a turnê que promoveria o disco. Nesse meio tempo, Richard gravou Wet Dream (1978), primeiro trabalho solo, de uma carreira que ainda teria Identity (1984, gravado com Dave Harris, sob o nome Zee) e Broken China (1996).

Rick morreu hoje, aos 65 anos, vítima do câncer. Descanse em paz e beba champanhe como um grande magnata em San Tropez, meu velho.

segunda-feira, setembro 8

Roger Hodgson Sorri

Eu estava na Praça da Apoteose em 1988 vendo o show do Supertramp. Era o último da noite, após exaustivas e insossas apresentações de Lulu Santos e Marina Lima. Sabíamos todos que a banda inglesa viria sem a presença de Roger Hodgson, o "vocalista da voz fina", o sujeito que alcançava agudos extremos e não parecia nem se cansar.

O Supetramp vinha na turnê de lançamento do disco Free As A Bird, o segundo sem a presença de Hodgson (Brother Where You Bound, de 1985 fora o primeiro trabalho sem Roger) mas minha curiosidade não era pelos discos mais recentes. Eu queria ouvir "The Logical Song", "Hide In Your Shell", "School", dentre tantos sucessos da banda, mas sabia que Mark Hart, guitarrista e vocalista dublê de Roger não daria conta do recado - o que realmente aconteceu.

O tempo passou, minha admiração pelo Supertramp só fez aumentar e meus questionamentos sobre a crítica musical ganharam vulto. A banda sempre fora alvo fácil de detonações infinitas, principalmente porque seu som tinha nascedouro no rock progressivo inglês dos anos 70, agravado pelo fato de Roger e Rick Davies (o vocalista da voz grossa) serem compositores pop de mão cheia, o que dotava as composições do Supetramp de um notável acento radiofônico, sem abrir mão do instrumental virtuoso. Mais que um guilty pleasure, ouvir a banda sempre foi um dos caminhos mais fáceis para aquele momentum da vida em que tudo parece dar certo e que é lembrado como tempo perfeito, sem problemas.


Com essa impressão adentrei o Vivo Rio na sexta-feira, dia 5 de setembro para ver o segundo show de Roger Hodgson na Cidade Maravilhosa, dez anos depois de sua primeira vinda. O clima era de expectativa e certa apreensão pois o homem vinha divulgando seu DVD Take The Long Way Home - Live In Montreal, no qual recria várias canções do Supertramp em versões acústicas, todas de bom gosto inquestionável, mas insignificantes diante da perspectiva de ouvir os arranjos originais com banda.

Minha esposa, mais fã dos ingleses do que eu, estava previamente aborrecida com a idéia de ver Roger desperdiçando sua voz numa balela unplugged, impressão que sumiu ante a primeira visão da banda no palco, montada especialmente para as apresentações no Brasil. Lá estavam o baterista Bryan Head, o baixista Jesse Siebenberg e o versátil Aaron McDonald, responsável por harmônica, saxofone e teclados. E Roger, todo de branco, olhar doce, expressão tranquila, tentando falar português com anotações do tamanho de uma folha de papel A4. Parecia uma espécie de monge, de ser tranquilo e razoavelmente elevado. Ele que ficara inativo por quase toda a década de 1990, após sofrer fraturas sérias nos dois pulsos em 1988, época de lançamento de seu segundo disco solo, Hai Hai.

A primeira canção já fez os corações tremerem: "Take The Long Way Home" apareceu gloriosa, do alto de seus 29 anos de idade, com atmosfera perfeita e execução idem, no esquema "estamos reproduzindo fielmente os arranjos do Supertramp e não estamos nem aí para mais nada". E nesse esquema vieram "Give A Little Bit", "Hide In Your Shell" e duas canções solo do homem, as supertrâmpicas "In Jeopardy" e "Lovers In The Wind". O povo logo viu que estava diante de algo grandioso e provavelmente inesquecível.

Supertramp e Roger Hodgson se separaram em 1983, após o lançamento do fabuloso disco Famous Last Words. Nesse ano a banda deu continuidade à fileira de hits que o álbum anterior, Breakfast In America (1979) iniciou, principalmente com a execução maciça de "It's Raining Again" e "My Kind Of Lady". Desentendimentos criativos e pessoais entre Rick Davies e Roger decretaram a saída deste e o início de uma respeitavel carreira solo. In The Eye Of The Storm (1984) foi lançado imediatamente após a saída do Supertramp e causou mal estar entre as duas partes. O disco era totalmente voltado para a sonoridade da banda e, se fosse misturado com Brother Where You Bound (disco do Supertramp de 1985), teríamos um excelente álbum, na melhor tradição dos grandes trabalhos deles. Todo esse clima adverso, a substituição vocal por Mark Hart e a ação do tempo acabaram afastando Roger das canções que ele tocou no Vivo Rio. É a turnê de reconciliação do homem com ele mesmo, com suas lembranças e seus coelhos na cartola. É uma turnê extremamente pessoal, daquelas que levam multidões a cantar.

No Rio não foi diferente. Após as cinco primeiras músicas, os 2 mil felizardos presentes ao Vivo Rio caminharam pelos caminhos de ida e volta para casa, propostos pelo nome da canção. Gente de classe média, na faixa dos 30/40 anos, alguns com filhos, transmitindo lembranças e legados, como deve ser. Roger e sua banda revisitaram 15 canções de todas as fases do Supetramp, indo dos sucessos "Dreamer", "The Logical Song", "Breakfast In America", passando por surpresas como "Easy Does It", "Child Of Vision", "Don't Leave Me Now" e chegando ao momento mágico do show, quando Roger sentou-se ao piano de cauda que dominava o centro do palco e disse: - A próxima canção que eu vou tocar foi escrita há bastante tempo e pensei numa orquestra quando bolava o arranjo. É a primeira vez que toco essa música desde que saí do Supertramp.


Trememos, eu e Maria, minha esposa. Ela na Ilha do Governador, eu em Copacabana, ao longo dos tempos, cantamos, dublamos e tocamos todos os instrumentos do Supertramp de forma imaginária e "Fools Overture" sempre foi um momento máximo. A suite progressiva de 1977, com instrumental futurista mesclado com piano e saxofone sempre foi um ponto alto. Ao primeiro acorde da canção, imediatamente vi uma das minhas certezas - a de que nunca veria essa música ao vivo - cair por terra. A execução perfeita, a sustentação de McDonald à parafernália de efeitos especiais, entre eles o famoso dircurso do Primeiro Ministro inglês Winston Churchill, no qual ele diz que os ingleses lutarão nos campos e cidades, tudo foi perfeito e o próprio Roger Hodgson se espantou com o efeito causado na multidão.

Após o intervalo protocolar, a banda volta para revisitar "School", outro highlight da infância, na qual eu me transformava num virtuoso solista ao piano e a comemoração final com "It's Raining Again", uma das músicas que mais clamam por uma dança à dois nesse mundo.

Dessa vez, em 2008, dancei "It's Raining Again" com minha esposa, algo que sempre quis e só descobri na hora que Roger sorria diante da multidão que dançava à sua frente. Talvez em algum momento da década de 1980, eu sempre soubesse que a dançaria da maneira correta e com a pessoa certa. Dito e feito. E, ainda agora, espero, Roger Hodgson sorri.


Set List
1) Take the Long Way Home
2) Give a Little Bit
3) In Jeopardy
4) Hide in Your Shell
5) Lovers in The Wind
6) A Soap Box Opera
7) You Make Me Love You
8) Easy Does It
9) Sister Moonshine
10) Breakfast in America
11) Along Came Mary
12) The Logical Song
13) The More I Look
14) Child of Vision
15) Lord Is It Mine
16) Don't Leave Me Now
17) Dreamer
18) Fool's Overture
BIS
19) School
20) It's Raining Again


Conversando Com Ed Motta


Ed Motta é uma excelente praça. A imagem de artista complicado se desfaz no primeiro momento e a entrevista rola solta. O assunto é seu nono disco de carreira, Chapter 9, e suas influências. O papo atravessa os limites musicais e conversamos sobre lanchonetes do passado de Copacabana (Ed nasceu na Tijuca, um bairro muito parecido com Copa), lojas de brinquedos e as perspectivas do mundo sob o ponto de vista musical. Conhecedor profundo de música - principalmente de rock - Ed fala de suas experiências e de como fez um disco de blues rock, algo que ninguém poderia supor.
Carlos Eduardo Lima

Chapter 9 é o seu disco mais próximo do idioma rock?
Sim,com certeza. Na verdade eu já tinha dado uma visitada nesse terreno quando gravei "A Loja Do Sub-Solo", pro Manual Prático Para Festas, Bailes e Afins (disco de 1997). Essa vinheta é uma homenagem à Sub-Som, uma loja que existia na Galeria Vitrine da Tijuca, na qual eu conheci e comprei muita coisa. Eu já pensava nessa coisa de tocar rock com um approach negro, como aquelas bandas inglesas da virada da década de 60/70, Free, Spencer Davis Group, essa galera. Mas não tem só o rock, o disco tem influência de um monte de coisas, desde a maneira de conceber a estrutura harmônica das canções até trilhas de cinema.

Como foi a transição do clima Rio Antigo do seu disco anterior, Aystelum (2005), para o soul blues do novo trabalho?
Foi bastante casual. Eu entrei no estúdio pra gravar a demo do disco e dessa vez eu consegui fazer isso no Estúdio Trama. Quando eu vi a quantidade de microfones pensei que poderia microfonar todos os instrumentos e comecei a brincar com isso. O João Marcelo Bôscoli disse que poderia sair alguma coisa dali e eu só estava pensando na demo pro novo disco, como eu faço sempre! As músicas foram saindo espontâneamente, nesse cilma de blues rock. Eu precisei interromper as gravações por seis meses para ensaiar e compor as canções do musical 7. Acho que esse clima meio blues tem a ver com o fato de ter ficado um tempo em São Paulo, longe de casa. Eu preferia estar no estúdio do que no quarto do hotel, só pensei nisso.

Cantar todas as canções em inglês foi opção ou necessidade?
Olha, as letras em inglês têm a ver com uma opção estética mesmo. Pra mim o inglês é uma lingua tão natural quanto o português, aliás, pra quase todas as pessoas que têm a minha idade (Ed tem 37 anos) e gosta de rock/soul/funk. Achei que o inglês casava bem com a sonoridade que foi saindo daquela demotape. Encomendei as letras para o Chico (Botelho, com quem Ed compôs para o musical 7) e Rob Gallagher (que é inglês). Eles receberam as bases de duas em duas e foram colocando as letras. No fim das contas, o Chico só colocou uma letra.

Muita gente cobra de você uma fidelidade permanente a uma veia pop que você não parece ter vontade de usar sempre. Isso te incomoda?
Mais ou menos. O que me incomoda é essa coisa de atribuírem à arte uma função específica. As pessoas não têm uma percepção maior da arte, apenas pensam que ela é desse ou daquele jeito. No meu caso, sou influenciado por um monte de coisas extra-musicais, principalmente por quadrinhos e cinema, isso se reflete na minha música. Eu sinto uma vontade natural nada forçada de explorar outros caminhos, idiomas e esbarro nessa percepção estreita que, supostamente, me obrigaria a seguir esse ou aquele formato. Eu gosto de Stephen Soundheim, Barry Manilow, Christopher Cross, Stephen Bishop (o compositor da trilha sonora de Tootsie), mas não me sinto inspirado por eles o tempo todo. Nem pelos artistas do soul ou do funk somente. Aliás, isso mostra que o mundo vem esbarrando nessa coisa de fazer mal o seu papel. A gente vê um monte de gente informando errado, desconhecendo coisas básicas. O mundo vem perdendo a precisão nas coisas, mas isso é outro assunto.
O Chapter 9, por exemplo, me soa muito pop. Quando começaram a falar sobre ele já disseram que ele tinha esse clima "soturno" e "triste", o que eu não vejo. Pra mim as influências daquelas bandas inglesas de hard rock do início dos anos 70 são muito claras.

A Internet te ajudou de alguma forma na concepção do Chapter 9? O que você acha do disco estar disponível pra download gratuito no site da Trama?
A internet pra mim é um oásis. Muito mais que um parque de diversões. Eu sempre colecionei coisas, discos, quadrinhos, fitas VHS, catálogos, enfim, um monte de coisas. Com a web tudo ficou mais fácil para se adquirir, uma vez que os livros importados não são taxados pelo governo. Mas o e-mail ajudou apenas para me comunicar com o Rob (Gallagher, letrista inglês da maioria das faixas de Chapter 9). O disco está disponível pra baixar no site da Trama. Eu acho legal, democrático, espero mesmo - sem clichê - que mais gente tenha acesso à minha música. Os arquivos que estão disponíveis trazem o encarte, a capa, além das músicas. Sei que o cara que coleciona mídia física vai continuar comprando disco, portanto, não me incomodo com isso. Mesmo porque a Trama proporciona o download legal, patrocinado e remunerado, ou seja, sai a custo zero para o consumidor e remunera o artista. Não tenho do que reclamar, mesmo porque eu garimpo um monte de coisas e a internet viabiliza isso pra mim. Enquanto estou ouvindo estou lendo e entendendo o que está tocando, algo que todo mundo deveria saber.


Mesmo com uso de guitarras e acento blues, o soul setentista e as levadas de piano Rhodes a la Steely Dan ainda são sua maior influência para Chapter 9?
Na verdade vem tudo junto, isso é o shuffle que aparece naturalmente no blues de Chicago. O próprio Steely Dan bebeu dessa fonte, das músicas em compasso 6/8, cheias de suingue. Acho que tem a ver com o fato de tocar todos os instrumentos no disco, isso veio naturalmente na hora de compor. Muita gente fez canções nesse compasso, com essa levada e quase nem dá pra perceber. "Fool In The Rain", do Led Zeppelin é assim. O Lulu Santos tem "Sincero" (de 1985, do disco Normal), o Wham tem "Wake Me Up Before You Go-Go" (de Make It Big, 1984), ou seja, no fim das contas, é tudo obra do shuffle de Chicago. (Ed dá os exemplos das músicas cantarolando a letra e melodia). Acho que as músicas em 6/8 fogem do esquema 4/4 e isso pode confundir um pouco e talvez atrapalhar aquelas pessoas que ficam na ditadura do econômico, simples, quase banal. Eu acho que a simplicidade pode existir ao lado das melodioas mais complexas. O Who, por exemplo, todo mundo diz que é visceral, mas o Tommy (disco de 1969, contendo a ópera-rock homônima) é totalmente pensado e planejado. Acho possível alguém ouvir o Nevermind The Bollocks (disco de estréia dos Sex Pistols) com "Anarchy In The UK" e depois apreciar o Close To The Edge (dos progressivos Yes). Eu não sou contra o barroco, acho que tem espaço pra tudo.

Como está seu relacionamento com a Trama nesses tempos tão tortuosos da indústria musical?
O relacionamento é bacana. Eles apostaram nos meus discos, sempre me deram tudo que eu precisei. Já são quatro discos (ed está no cast da gravadora desde 2001, já tendo lançado Poptical, Ao Vivo, Aystelum e agora Chapter 9) e não tenho do que reclamar. Pelo contrário.

O que você acha da música feita no Brasil hoje em dia? Há algo que te emociona?
Olha, sinceramente, nada. Aliás, tem sim. Você conhece Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz? (Eu digo que não e Ed explica)
É a big band de um saxofonista baiano, que faz um som mesclando timbres de candomblé com sopros, dentro de uma abordagem totalmente jazz. Pra mim, o sujeito é o novo Moacir Santos. Música que me emociona mesmo. Além disso, nada. Continuo comprando discos dos caras que admiro, por exemplo, o Who (cujo disco novo - Endless Wire - achei chato) e o Donald Fagen (tecladista do duo americano Steely Dan). Ouço os caras de sempre, garimpo coisas aqui e ali e sempre volto pros caras que gosto de ouvir. Muito jazz, aliás, o jazz me fez perceber o valor da música popular brasileira.

Você tem uma carreira solidificada no exterior. Os fãs de lá são muito diferentes? O que eles esperam de um novo disco do Ed Motta?
Pra eles o som do Dwitza (disco instrumental de 2000 no qual Ed envereda por uma sonoridade jazzística) é o meu som. Se eu chego pra tocar "Manuel" para o público lá fora, provavelmente não vão entender nada. É o oposto daqui, exatamente. Eles também são "primeira impressão", colocam a sonoridade num compartimento estanque. Eles esperam de mim um samba-jazz rapidinho e só.


Chapter 9 é o melhor disco que você já fez?
Não, sei lá. Eu gosto muito do Aystelum e do Dwitza. Também gosto do Poptical. Eu gosto de todos. O meu primeiro disco está fazendo 20 anos, eu ouço ele até hoje e vejo sinceridade total no que está ali. Também gosto do Contrato Com Deus, meu segundo disco, que foi lançado na mesma semana do Plano Collor. Acho que eu já mostrava ali que não era um artista muito convencional. Até hoje tento fazer com que esse disco seja relançado, como ele tem um monte de vinhetas - o número de faixas extrapolou 14, que é o limite para a gravadora pagar o direito autoral único. A partir desse número a obra rende o dobro de direitos autorais. O disco foi amputado e lançado numa série Dois em Um com o primeiro, mas sem as vinhetas. Aí não é o disco, né? Os discos iniciais são ingênuos, sinceros, já são 20 anos. Estou quase um Van Morrison - solta uma risada.


Baixe o disco do homem (com encarte)aqui: http://albumvirtual.trama.uol.com.br