quarta-feira, junho 18

De onde viemos? Para onde vamos?

A primeira Blips & Blops colocava a banda inglesa Prodigy e o combo rebolativo brasileiro É O Tchan como dois lados da mesma moeda. Era o fim de 1997, o auge da bundalização nacional e uma época estranha para quem gostava de música. Dez anos depois não há mais sinal dessas formações, mas o conceito da afirmação original comportaria uma comparação entre Gaiola das Popozudas e The Kooks. Ou entre Mr. Catra e Arctic Monkeys. Talvez Sorriso Maroto e Tokio Police Club. Isso significa que pouco mudou no processo de emburrecimento do consumidor médio de música, algo que pode ser considerado como uma conseqüência inevitável do pop/rock. Só que, claro, há escolhas e cuidados que podem te levar ao precipício mais próximo ou que podem interromper sua caminhada rumo ao rebanho. Blips & Blops é uma ferramenta de esclarecimento, que tem memória, senso crítico e opinião. Nem sempre isso será politicamente correto – ainda bem. Se for preciso espinafrar algo ou alguém, a coluna não hesitará. Também não haverá receio em remar contra marés, principalmente porque considero um dever manter os leitores informados e alertas contra armadilhas do showbiz e do ofício de ouvir música. Sim, para B&B, ouvir música é um pouco mais que distração ou passatempo. É um momento sublime, é como sexo, como degustar um belíssimo prato, visitar o Museu do Louvre. Algo transcendental, que nos coloca em contato com nossa herança pessoal e portátil. Música é, portanto, algo que será levado quase a ferro e fogo por aqui. Estejam preparados.

Entre 1997 e 2008 estão onze anos de expansão e retração, meus e do mundo. Há uma virada de século, de milênio, esperanças, descrenças e provas definitivas de que tudo acaba bem.

Vamos iniciar os trabalhos.

Um comentário:

Adriano Mello Costa disse...

Agora sim!
Blips e Blops em formato blog.
Longa vida!
Abs,